Os 75 segundos que definem a temporada do Valência

Existem ações que definem uma temporada. Situações em que vemos refletidos o momento de desespero, crise, ansiedade ou tudo junto. O jogo do Valência contra o Las Palmas teve tudo. E tudo isso da atual equipe do Baraja. Excelente meia hora, sem finalizar o rival e um gol sofrido no último suspiro do primeiro tempo do qual a equipe nunca se recuperou. Houve também a expulsão do emblemático jogador e guia da equipa, uma perda de compostura (Pepelu) e um excesso de adrenalina que não levou a nada. Mas acima de tudo ele tinha 75 segundos, um suspiro, que defende uma temporada inteira.

Com tudo contra, 1-2 no placar e com um homem a menos, o melhor rival deu o empate ao Valencia. De uma forma incompreensível MoleiroComo esse garoto brinca? Ele devolveu a bola procurando o goleiro sem perceber que eles estavam ali. Hugo Duro e Javi Guerra. Dois contra um contra Cillessen. Duro recupera o presente, enfrenta-o e em vez de definir, bastante simples para um nove com o gol todo aberto, dá para Javi Guerra, mas o passe, claro, é defeituoso e Guerra não define diante do corajoso e saída eficiente de Cillessen. O meio-campista corta e cruza para escanteio e Kirian manda para a arquibancada. Tudo isso aconteceu aos 82 minutos e 25 segundos.

Oportunidade perdida incompreensível. Mas então vem a parte mais difícil. O Valencia perde a bola, Las Palmas toca, cria uma ação perigosa e Molerio, que 75 segundos antes havia dado o empate à partida, chega na frente e finaliza primeiro pelo lado de fora para mandar a bola para escanteio e dar o toque final. Tudo isso aconteceu aos 83 minutos e 40 segundos. Valência está morrendo. De um link claro para a frase de uma só vez. Uma temporada que não vale nada. Uma temporada em que escapar do rebaixamento será uma odisséia.



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