Dorival Jr rebate críticas da Seleção ao relembrar material antigo

O técnico afirma que os brasileiros têm tendência a “pisar” no próprio produto, citando relatos de jogadores sendo chamados de “bagres”.

14 fora
2024
– 17:26

(atualização às 17h29)




Artigo em que chama as estrelas brasileiras de “cabeças de bagre”, a que Dorival se refere –

Foto: Reprodução/Jogada10

O técnico Dorival Jr relembrou antigos materiais de imprensa para rebater as críticas que a Seleção vem enfrentando. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (14), véspera da partida contra o Peru, o técnico contou como tratavam jogadores como Zico, Sócrates e Falcão como “bagres” (veja foto abaixo).

“Lembro-me de uma matéria em que alguns jornalistas apontavam o baixo nível da Seleção. Que não temos mais as estrelas: “Zico, Sócrates, Terezo, Falcão e Zé Sérgio”. Parece que anos se passaram. e continuamos batendo nas mesmas teclas. E isso não é desabafo, mas quero o desenvolvimento do futebol brasileiro e vamos conseguir tudo isso, mas focamos no produto que vendemos. Fazemos isso com todos os produtos que o brasileiro tem, olhamos o que está acontecendo no nosso país em geral, só pensamos um pouco, no futebol não é diferente.



Artigo em que chama as estrelas brasileiras de

Artigo em que chama as estrelas brasileiras de “cabeças de bagre”, a que Dorival se refere –

Foto: Reprodução/Jogada10

Confira outros assuntos da coletiva de imprensa de Dorival Jr.

Sem atacante de referência

“Em geral sempre demos liberdade para que, independente do nome, eles possam cumprir a função inicial de tentar inibir a iniciação do time adversário. Porém, com total liberdade para buscar movimentos dentro dos termos de cada um. Temos trabalhado nas jogadas, o que fica evidente o tempo todo. O que ganhamos muito na última partida foram jogadas de infiltração, não só com o Igor (Jesus), mas também com o Raphina, o Savinho e o próprio Rodrygo. E isso nos deu outra condição.”

Mais sobre os atacantes

“Acredito que estamos melhorando nesse aspecto. Independentemente de termos um jogador de referência no momento, eu e o Pedro o procuramos em convocações anteriores. Vejo que eles podem ter liberdade de movimento. São jogadores que têm a capacidade de jogar um contra um, trocar passes e chegar às mesas. Acho que aos poucos estamos melhorando essa habilidade onde, a partir do momento que não temos a bola, são feitos contra-ataques para que outros possam. pode procurar infiltração para derrotar as defesas.

Sete homens atacantes?

“Esse foi o papel do Danilo desde o primeiro jogo (continuar como zagueiro em situação de ataque). É esta função que um dos laterais terá de mudar. Não pretendemos alterar este estado de coisas. Mudamos os movimentos de ataque, movimentos com amplitude repentina. Em alguns momentos temos jogadores abertos e noutros são condições das quais não podemos abrir mão. E temos praticamente três jogadores na competição. O papel de um dos laterais será exatamente esse. Quero que os dois meio-campistas fiquem um pouco mais próximos para que possam atuar como jogadores na passagem de bola e na busca de passes profundos.

Reconectando-se com as pessoas

“Acho que tentamos fazer tudo o que podemos para que o público esteja mais presente, mais próximo. Os jogadores participam de toda essa motivação. Estamos tentando ser muito mais inclusivos. Eles estão reagindo de forma muito positiva e os torcedores estão percebendo como somos recebidos em todas as partes do Brasil… e espero que continuemos assim e que nossos resultados não sejam revelados. Podemos divulgar isso e reconhecer esses aspectos importantes que estão acontecendo internamente com a Seleção para que possamos nos unir novamente em torno da Seleção. A seleção precisa do seu público e a sociedade precisa da seleção.”

Três defensores e a chegada do ataque

“Não podemos abrir mão da largura do time. Este terceiro jogador é da responsabilidade de um dos dois laterais. Vanderson joga na lateral esquerda. Abner joga no lado direito. Então o que eu quero são meus ajudantes que possam buscar a infiltração, o jogo possa começar pelas laterais, trabalhar até o ataque com jogadas. Estamos perto disso nos treinos.

Danilo como capitão

“Não podemos esquecer que é um jogador europeu de 11 anos. Jogando nos maiores clubes do futebol europeu. Aqui no país, infelizmente, não conseguimos compreender as condições em que vive um companheiro de equipe. Danilo, para quem não sabe, ele é impressionante, ajuda a todos nós e de todas as formas contribuiu para que ainda ontem tenhamos uma longa conversa com Vanderson. Ele está sempre preocupado em nos ajudar a encontrar as soluções que precisamos. É uma equipe em formação. “

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