CBF conclui inspeção em estádios candidatos à Copa do Mundo de 2027 no Brasil

O Brasil, sede da competição, almeja pela primeira vez que a Copa do Mundo Feminina contribua para o desenvolvimento do esporte no país




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Foto: Divulgação/Maracanã – Legenda: Maracanã pode sediar a Copa do Mundo de 2027 / Jogada10

A fiscalização da CBF, que começou no dia 25 de setembro e abrangeu 11 cidades candidatas a sediar jogos da Copa do Mundo de 2027 no Brasil, termina nesta sexta-feira (11 de setembro). A partir de 2025, serão anunciados pelo menos 8 estádios para sediar as mais importantes competições de futebol feminino do mundo. Os palcos em disputa são: Estádio Mangueirão, Estádio Mineirão, Estádio Mané Garrincha, Arena Pantanal, Arena Castelão, Arena da Amazônia, Casa de Apostas Arena das Dunas, Estádio Beira-Rio, Arena de Pernambuco, Estádio Maracanã, Casa de Apostas Arena Fonte Nova e Neo Química Arena Corinthians.

Segundo especialistas, o torneio será, portanto, uma excelente oportunidade para divulgar o futebol feminino no Brasil. Além disso, tem potencial para desenvolver esta categoria de forma única. “Sediar a Copa do Mundo Feminina no Brasil será uma excelente oportunidade para desenvolver esse esporte no país. Investiremos fortemente em diversas frentes, o que beneficiará todo o ecossistema, desde que o dinheiro seja bem gasto”, afirma Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e membro do comitê organizador da Brasil Ladies Cup.

“Sediar um evento como a Copa do Mundo tem um enorme potencial para transformar o esporte no país. O futebol feminino no Brasil já passou por um processo de evolução nos últimos anos. Mas a realização da Copa do Mundo acelerará ainda mais esse processo, que deverá trazer saltos significativos no consumo e mudanças culturais mais concretas”, comenta Camila Estefano, CEO do Em Busca de Uma Estrela, projeto social que oferece serviços médicos, odontológicos, nutricionais e atendimento psicológico a meninas com sonhos de atuação profissional.

O Brasil e o futebol feminino

O público brasileiro já demonstra interesse crescente pelo esporte. Em decisão referente ao último Campeonato Brasileiro, o jogo de volta da grande final entre São Paulo e Corinthians reuniu mais de 44.529 torcedores na Neo Química Arena. Registra assim o maior público de toda a história do futebol feminino de clubes no Brasil. A decisão do futebol feminino nas Olimpíadas de Paris entre Brasil e EUA também bateu recorde, marcando 27 pontos no Rio de Janeiro e 21 em São Paulo. Essa foi a maior audiência desse esporte na Globo na história dos Jogos.

Portanto, o progresso também traz resultados no campo do direito. Por exemplo, uma nova lei que incentiva as mulheres a jogar futebol no Rio de Janeiro, aprovada pelo prefeito Eduardo Paes em junho deste ano. A Lei nº 8.380/2024 estabelece a oferta de aulas para meninas em escolas ou projetos relacionados ao esporte futebol que recebam financiamento das autoridades municipais. O projeto prevê ainda que as categorias femininas dos campeonatos e torneios de futebol organizados na cidade sejam financiadas com recursos da Prefeitura.

“Para que o futebol feminino prospere, é vital que o apoio aos atletas comece desde cedo. Precisamos de reforçar a formação popular e implementar mais leis de incentivos. Graças a este apoio, aumentamos as oportunidades de identificação de jovens talentos que podem ser desenvolvidos em condições adequadas”, resume Vanessa Pires, CEO e fundadora da Brada, startup que ajuda empresas a investir em projetos com impacto positivo.

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