Roberto Assaf: Brasil vence Chile. Nada além de dever

Colunista do J10 analisa a reviravolta da Seleção Brasileira por 2 a 1 em Santiago nas Eliminatórias

O Brasil dominou o Chile por praticamente 90 minutos e mostrou ao adversário uma evidente diferença de qualidade técnica. Mas isso não foi suficiente para convencer. Porque La Roja está jogando em um nível baixo e tem enormes problemas para renovar o elenco que foi bicampeão sul-americano em 2015 e 2016. Na verdade, uma vitória por 2 a 1 valia três pontos e uma posição mais confortável na tabela. No entanto, ele nunca ficou entusiasmado.

O Chile abriu o placar logo aos um minuto de jogo, após passe de Eduardo Vargas. Então decidiu recuar, tentar surpreender com contra-ataques, cedendo o campo e a bola para o Brasil, que começou a costurar sem parar, esperando a defesa não conseguir empatar. Porém, isso só aconteceu aos 45 anos, quando Savinho cruzou para Igor Jesus, que cabeceou fora do alcance de Bryan Cortés. Como dito, os visitantes tiveram a posse de bola e estiveram muito mais perto do gol. O fato, porém, é que esse lance foi precedido por uma dúvida – uma provável cobrança de pênalti de Lucas Paquetá sobre Diego Valdés – que gerou reclamações e, consequentemente, a distração da seleção chilena.

Brasil dá a volta por cima no segundo semestre

Ao intervalo, Dorival Júnior substituiu André e Lucas Paquetá por Bruno Guimarães e Gérson respectivamente para melhorar a qualidade de passe e o poder de ataque, acreditando que o Chile continuaria recuado, facilitando o aproveitamento da sua fragilidade. La Roja então voltou para tentar afastar a bola do Brasil, o que abriu mais espaço na retaguarda local. Aos 12 anos, Rodrigo Echeverria derrubou Rodrygo na grande área, ignorado por Dario Herrera. Aos 16, Esteban Pavez fez falta em Savinho, mas como não houve pênalti sob o comando de Dario Herrera, o empate continuou.

A diferença técnica entre as equipes era clara, o que fazia com que o Brasil tivesse a bola nos pés e o Chile tivesse muita dificuldade de ameaçar, mas como o time verde e amarelo carecia de variedade no jogo e muitas vezes perdia passes, o time vermelho manteve o placar sem muito esforço. Entraram Luiz Henrique, Endrick e depois Gabriel Martinelli e a equipe de Dorival Júnior não demonstrou entusiasmo,

Aos 43 anos, Luiz Henrique, em lance pessoal, assim como fez no Botafogo, acertou na lateral direita de Bryan Cortés, cumprindo seu dever e nada mais, dadas as circunstâncias do momento. Como já dito, não há como o Brasil ser eliminado da Copa do Mundo. Aliás, se não vencerem o Peru em casa na próxima semana, será uma pena.




Foto: Reprodução da TV Globo – Legenda: Rodrigo em ação na partida Chile x Brasil / Jogada10

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