O Telescópio Espacial James Webb descobriu um excesso de luz UV proveniente de estrelas primitivas e buracos negros

Numa descoberta inovadora, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) da NASA revelou detalhes inesperados sobre o período de reionização do universo. Acreditava-se que o Universo primitivo, que passou por mudanças significativas após o Big Bang, foi gradualmente iluminado pelas primeiras estrelas e galáxias. No entanto, observações recentes sugerem que a reionização do universo envolve um surpreendente excesso de luz ultravioleta (UV). Esta descoberta, conforme relatada por Pratika Dayal, astrofísica da Universidade de Groningen, indica níveis muito mais elevados de radiação UV do que o previsto anteriormente.

Surpreendente superprodução de luz UV

O JWST descobriu mais de 1.000 candidatas a galáxias dos primeiros bilhões de anos após o Big Bang. O astrofísico Brant Robertson, da Universidade da Califórnia, Santa Cruz, enfatiza que sim arranjos desafiar a compreensão anterior da reionização cósmica. Os elevados níveis de luz UV detectados, que pareciam excessivos, estão a levar a uma reavaliação da linha do tempo e dos processos envolvidos na reionização do Universo. Isto inclui avaliar se a abundância de luz UV se deve a pequenas galáxias ou a núcleos galácticos ativos (AGN).

Debate sobre as fontes do rezoneamento

Até recentemente, os astrónomos baseavam-se em dados de observações da radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB) e de quasares para estimar quando ocorria a reionização. A CMB indicou que a reionização começou cerca de 700 milhões de anos após o Big Bang. No entanto, a abundância de luz UV observada pelo JWST sugere que a reionização pode ter começado mais cedo ou progredido mais rapidamente. Julian Muñoz, da Universidade do Texas em Austin, e os seus colegas argumentam que o excesso de luz UV pode indicar erros em suposições anteriores de reionização.

Reavaliação contínua da teoria

Os novos dados do JWST levaram os cientistas a reconsiderar como tanto as pequenas galáxias como os AGNs contribuíram para a reionização. Embora alguns especialistas acreditem que os AGNs possam desempenhar um papel significativo, outros, como Rohan Naidu do MIT, sugerem que as descobertas apontam para a necessidade de uma reavaliação mais ampla da teoria da reionização cósmica. Esta pesquisa em andamento destaca a natureza complexa do universo primitivo e a necessidade de mais pesquisas.

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