O clássico final de Men In Black foi uma adição maluca de última hora

Uma vez por semana, enquanto filmava “Homens de Preto”, Sonnenfeld tinha uma sessão de domingo que começava com as filmagens de “A Família Addams”, durante a qual ele relia o roteiro e assistia à sua edição. Toda semana ele aprendia algo novo sobre seu filme e, ao mesmo tempo, era constantemente lembrado de que, como escreveu em suas memórias, “NÃO TÍNHAMOS FIM”.

O que eles tinham? Per Sonnenfeld: “O destaque do nosso filme foi o debate de Will Smith sobre a natureza do universo com o animatrônico de um milhão de dólares e 1,5 metro de altura projetado por Rick Baker, Edgar, o Inseto.” Ele liga para Walter F. Parkes e Laurie MacDonald (que acabara de trabalhar com Steven Spielberg para lançar a divisão de filmes SKG da DreamWorks) e a vice-presidente da Sony, Lucy Fisher, e os lembra que o final deles, em suas palavras, “é uma merda”.

O roteiro é creditado a Ed Solomon, que é um escritor brilhante e que, até onde eu sei, merece totalmente esse crédito solo. Aparentemente ele não conseguiu consertar o final e acho que é por isso que eles contrataram um escritor de “Friends” para descobrir isso. Segundo Sonnenfeld, além de algumas piadas, essa pessoa não fez o seu trabalho.

Sonnenfeld não tinha uma vaga ideia do que deveriam fazer:

“Devemos perder o debate”, continuei a gemer. “Precisamos de Edgar se movendo, subindo a torre em seu disco voador, e precisamos de Will lutando contra Edgar, tentando mantê-lo no planeta. Quando isso falhar, precisamos que Will faça algo que faça Edgar se virar e descer da torre.

Edgar (interpretado com estranha perfeição por Vincent D’Onofrio) tinha alguns pontos fracos. Um deles era seu amor pela “água com açúcar”. Talvez ele jogue Will da torre em uma máquina de Coca-Cola que começa a espalhar refrigerante doce por todo o chão. Outra opção era fazer com que Will esmagasse os parentes de Edgar – minhocas, baratas – que corriam na calçada.

Spielberg gostou das baratas, então sob a influência da inspirada improvisação de Will Smith, elas entraram no final, que agora você pode ver no filme.

Além de algum constrangimento com o comedor de baratas (Sonnenfeld ficou perplexo com a necessidade de tratar a vida de cada barata como sagrada), eles conseguiram o que precisavam no set. Infelizmente, o diretor teve um novo problema – dois novos problemas, na verdade. Ele teve que pedir dinheiro adicional para filmar a sequência de créditos de abertura e encerramento repleta de CGI, e precisava de mais dinheiro para completar o set da Feira Mundial, também repleto de CGI. Preço: US$ 4,5 milhões.

Como ele conseguiu isso?

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