Pesquisa mostra que buracos negros antigos podem passar frequentemente pelo nosso sistema solar

Os buracos negros primordiais, formados logo após o Big Bang, poderiam passar pelo nosso sistema solar a cada dez anos, de acordo com pesquisas recentes. Esses buracos negros, muito menores e mais leves que os típicos, poderiam produzir pequenas perturbações gravitacionais que os cientistas poderiam detectar. Os cientistas sugerem que o rastreio destas perturbações pode ajudar a compreender a matéria escura – a substância indescritível que se acredita constituir a maior parte da massa do Universo. Embora a matéria escura permaneça um mistério, alguns cientistas sugerem que os buracos negros primordiais podem constituir grande parte dela.

O que são buracos negros primordiais?

Acredita-se que os buracos negros primordiais sejam tão pequenos quanto um átomo de hidrogênio e muito mais leves que o nosso Sol. Sarah Geller, física teórica da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, explicou que estes buracos negros poderiam ter-se formado como resultado de flutuações de densidade no Universo primitivo. Embora estes buracos negros sejam incrivelmente pequenos, a sua atração gravitacional ainda é significativa. Ao contrário dos buracos negros de massa estelar, estes não emitem luz detectável, o que os torna difíceis de encontrar.

Potenciais distúrbios gravitacionais no sistema solar

A investigação sugere que estes buracos negros podem passar por planetas como a Terra, Marte e Vénus uma vez por década. Benjamin Lehmann, físico teórico do MIT, observou que esses sobrevôos poderiam causar pequenas perturbações nas órbitas de objetos no sistema solar que podem ser medidas usando a tecnologia atual.

Lehmann alertou, no entanto, que são necessárias simulações e modelos mais precisos para confirmar qualquer hipótese. arranjos na revista Physical Review D.

Pesquisas futuras sobre buracos negros primordiais

Os cientistas estão conversando com especialistas do Observatório de Paris para analisar os dados orbitais reais dos planetas internos. Dessa forma, eles esperam detectar qualquer possível interferência causada por esses buracos negros e distingui-los de outros objetos do espaço. Este estudo abre a possibilidade de usar efeitos gravitacionais para localizar buracos negros primordiais e explorar a natureza da matéria escura.

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