Afonso Herrero: "Quero estar com o Málaga nos bons e nos maus momentos."

UMlfonso Herrero conversa com MARCA para analisar o bom início de temporada dos malaguistas. O goleiro destaca a continuidade do grupo, o clima no vestiário e a torcida como alguns dos pontos chaves. Ele garante que está vivendo em Málaga o melhor momento da sua carreira esportiva e pessoal.

Perguntar. Você esperava começar a temporada tão bem?

Responder. Depois de tudo que passamos no ano passado… acho que foram emoções muito intensas. Isso deixou a equipe muito, muito unida. Quem conhece a La Liga sabe que o que temos feito até agora é difícil. É preciso ir de fim de semana a fim de semana mesmo que pareça clichê.

P. É também o seu retorno ao Segundo… bem-vindos de volta para vocês dois

R. É difícil, acho que terminamos a Liga mais tarde com toda a questão dos playoffs, não tivemos muitas mudanças na equipe e bom, isso tem valor, devemos dar valor, mas também devemos ter claro que devemos continuar a trabalhar, é muito em breve. O Segundo sempre tem padrões semelhantes. Os pequenos detalhes decidem muito e é aí que geralmente uma nova promoção sofre. Estou muito tranquilo porque sei desde o início que a equipe sabe claramente onde estamos. Cuidamos bem dos jogos. Sempre chegamos vivos até o final dos jogos.

P. De desconhecido a ídolo em Málaga…

R. Minhas características não mudaram desde que eu estava no 10º ano. Claro, acho que estou no meu melhor nível pessoal e esportivo. Sinto-me valorizado pelas pessoas e minha família está feliz. Está tudo bem, estamos confortáveis ​​e é um momento muito doce na minha vida e espero que continue e melhore se possível.

P. Então Málaga tem muito a ver com isso…

R. Sim, tudo. Málaga, a cidade, os adeptos, como me sinto com os meus companheiros e com as pessoas do clube. Para mim, é um privilégio estar aqui. Tenho 30 anos, sei o que estou dizendo. Gosto muito do que temos aqui e falo muito isso para os jovens do clube. Devemos valorizar as coisas boas quando elas acontecem, e não depois com saudade.

P. Málaga te surpreendeu muito?

R. Já tinha uma boa ideia de Málaga e da cidade. Também vim aqui para jogar contra o Málaga quando as coisas não iam bem. Eu sei como é. Estou tranquilo porque estamos preparados para que quando as coisas não vão bem, eu esteja pronto para enfrentar quando as coisas não vão tão bem.

P. Sua vida mudou muito?

R. Não, agora me prendem mais, mas devido ao meu tipo de vida que é muito tranquilo, não mudo muito os meus hábitos habituais. As pessoas não me deram nada além de amor. Aos poucos fui ganhando peso na equipe, me sinto valorizado pelos chefes e colegas. Estou num momento em que tudo está indo bem para mim. É um momento lindo e espero que dure o máximo possível.

P. Você se considera o favorito dos fãs?

R. Bem… (risos). Procuro sempre retribuir todo o meu amor e sou muito grato por tudo que encontro sempre que chego em La Rosaleda e uma criança me pede uma camiseta ou luvas com uma faixa ou algo do gênero.

P. Como você viu a equipe no início?

R. Estamos bem. Acho que é mais fácil quando nos conhecemos. Expresse-se em campo com seus companheiros, sabendo como eles reagem. Quem pode ser apertado, quem deve ser acariciado. Demos um passo em frente no futebol da Segunda Divisão. Estamos fazendo algo a mais que no ano passado, batemos a mesa e dissemos que estamos lá. A equipe parece bem.

Foi criado um vínculo com os torcedores que é fundamental

P. Há menos pressão do que na Primera RFEF?

R. É possível. Acredito que a equipe está preparada caso surjam momentos difíceis. Esse começo gera expectativa de que quando ocorrer uma sequência ruim também será mais difícil. Estamos um pouco isolados e o segredo é essa regularidade para o bem e para o mal.

P. Então, com tudo isso, quais são as chaves desta Málaga?

R. Agradeço as decisões da Direcção do Desporto, no desporto e pessoalmente. Dê continuidade a esse traje. O camarim do Málaga é incrível. É o vestiário onde você pode ser você mesmo. Sempre há piadas e boas vibrações e depois há Pellicer, que nos empurra e perturba. Este coquetel funciona muito bem.

Q. Capitão deste vestiário daqui a um ano, hein…

R. O treinador me escolheu, eu não esperava. Ser capitão de um grande clube como este exige muita responsabilidade. Estou muito feliz por ser capitão e noto o respeito e o carinho das pessoas. Não é comum, mas fico feliz em aceitar.

P. Você colocou Pellicer como uma perna-chave da mesa…

R. Pellicer é o que você vê. Ele é alguém que se esforça pelo clube, dedica horas a ele como ninguém. Existe um grupo de trabalho duro e boas pessoas. Isso faz tudo rolar. Quando as coisas estão indo bem, isso mantém você com os pés no chão, e quando as coisas não estão indo bem, isso ajuda você. E ele tem um time com tantos bons jogadores (risos) e administra isso muito bem.

Acho que dar continuidade ao projeto foi a chave.

P. O Rose Garden completo também é vital…

R. O ano passado foi uma loucura. Dessa forma a equipe teve que se conectar com as arquibancadas. Foi criada uma ligação com La Rosaleda que é fundamental. A quantidade de filhos lá é impressionante, principalmente agora que sou pai e estou mais cuidadoso. É bom pensar que estamos a construir a Málaga do futuro.

P. Esta semana é um clássico com o Granada…

R. Difícil. Não começou como queria, mas tem jogadores de outro nível. Estamos bem e veremos em 90 minutos, mas estamos confortáveis ​​e jogamos num campo onde no ano passado vivemos algo muito especial.

P. O que também é uma loucura é a seleção juvenil do Málaga, certo?

R. Málaga sempre teve bons jogadores. Primera está cheia de jogadores locais. Temos crianças que estão fazendo história em Málaga e são muito pequenas. Aqui eles fazem parte do time titular, não há diferença com o jogador local que é de outro nível social. O nível dos jovens jogadores é muito alto.

P. Até onde você quer ir para Málaga?

R. Quero estar em Málaga nos bons e maus momentos. Quero ficar aqui o maior tempo possível. Estou muito feliz. Quero chegar aqui o máximo possível, sem dar nome. Fique aqui por muito tempo. Eu tenho minha família, não sou daqui… mas Toledo é perto, tem trem (risos). Às vezes você quer ficar em um lugar por muitos anos e depois não consegue. Mas estou no meu melhor momento desportivo, porque estou no meu melhor momento pessoal e é pelo Málaga.



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