MANILA, Filipinas – O Tribunal Regional de Primeira Instância de Quezon City (RTC) ordenou que o Bangko Sentral ng Pilipinas (BSP) pare de rescindir seu contrato com a AllCard Inc. (ACI) para o fornecimento de bilhetes de identidade nacionais.
O BSP emitiu um aviso de rescisão em 15 de agosto devido a relatos de que a ACI “deixou de entregar a totalidade ou parte dos bens especificados no contrato, cujo valor excede 10% do preço do contrato”.
A BSP afirma que isso resultou em uma perda de produção de PHP 1,06 bilhão, representando 49,91% do contrato de PHP 2,1 bilhões concedido à ACI.
PARA LER: BSP rescinde contrato com fornecedor nacional de carteiras de identidade ACI
A ACI, no entanto, obteve uma liminar (TRO) da filial 76 do RTC de Quezon City, datada de 9 de setembro, impedindo o BSP de rescindir o contrato.
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O tribunal disse que encontrou mérito na petição da ACI, que argumentou que buscava uma ordem para manter o status quo, uma liminar e uma liminar buscando uma liminar provisória de 72 horas em conexão com o processo de arbitragem iniciado no Philippine Dispute Center Inc.
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Falta de transparência
“A natureza clara e incontestada do direito do demandante significa que qualquer ação para rescindir o contrato sem a devida consideração desse direito constituiria uma violação dos termos acordados entre as partes”, diz a ordem judicial de sete páginas emitida pelo juiz Renato Pambida.
A ordem também citou o valor de PHP 129,65 milhões em indenização global solicitada pelo BSP pelos supostos atrasos, ressaltando que “[g]Mesmo no caso de um montante significativo, é necessário o direito do peticionário a informações completas sobre a base de tais danos e a oportunidade de fornecer explicações.”
“Sem divulgação”
Afirmou que a falta de divulgação completa do motivo da alegada responsabilidade da ACI por atrasos ou execução insatisfatória do contrato “lança dúvidas sobre a validade da decisão de rescindir o contrato”.
“Esta falta de divulgação levanta preocupações sobre a integridade das ações do réu e a adequação das informações fornecidas para apoiar a rescisão”, acrescentou o tribunal.
O tribunal também citou a decisão do BSP de rescindir o contrato em 15 de agosto, apenas um dia após a audiência sumária.
A impressão de cartões é ilegal
“Esta ação prematura afeta negativamente o autor e, na opinião do tribunal, prejudica o interesse público mais amplo”, diz o despacho.
Em meio a atrasos na impressão de cartões físicos, a Autoridade de Estatística das Filipinas (PSA) alertou na terça-feira que a impressão do Sistema de Identificação Digital Filipina (PhilSys) ou de carteiras de identidade nacionais feitas de cloreto de polivinila (PVC) ou cartões de plástico é estritamente proibida.
O documento estabelece que apenas a PSA está autorizada a imprimir e emitir bilhetes de identidade nacionais e que qualquer pessoa ou grupo considerado culpado de “impressão, preparação ou emissão não autorizada” de bilhetes de identidade nacionais será punido com pena de prisão de três a seis anos e multa de de 1 milhão a 3 milhões de pesos.
“Da mesma forma, os cartões de identificação digital impressos em cartões de PVC não serão aceitos como prova de identidade e idade em quaisquer transações públicas ou privadas”, acrescentou o PSA.
Para download
O PSA incentivou os cidadãos a baixarem o cartão de identificação digital no site national-id.gov.ph e no aplicativo móvel eGov.
Em 7 de Setembro, aproximadamente 89,7 milhões de filipinos, representando 97 por cento, estavam registados no programa nacional de identificação. com 92 milhões cadastrados, meta para este ano.
A PSA já despachou 55 milhões de cartões físicos, com lista de espera de 35 milhões.