O sistema de Bristol pode revolucionar a exploração lunar ao controlar remotamente um rover

Num futuro próximo, rovers controlados remotamente serão capazes de realizar tarefas importantes na Lua, controladas por pessoas da Terra. Isso permitiria a execução precisa de diversas operações, como amostragem ou montagem de equipamentos. Cientistas do Laboratório de Robótica da Universidade de Bristol, na Inglaterra, têm trabalhado num novo sistema de teleoperação que foi recentemente testado no Centro Europeu de Aplicações Espaciais e Telecomunicações da Agência Espacial Europeia (ESA). Seu sistema permite que os operadores controlem virtualmente o rover e usem suas ferramentas sem depender de imagens de câmeras ao vivo, que estão atrasadas devido ao atraso de 1,3 segundo entre a Terra e a Lua.

Simulação virtual da operação do rover

Um aspecto fundamental deste sistema é habilidade manipular um braço robótico em uma simulação virtual para realizar tarefas como coletar regolito lunar, um material que imita as propriedades da poeira lunar real. O atraso na comunicação entre a Terra e a Lua é contornado, tornando as operações mais suaves e confiáveis. Esta inovação pode ser apoiada pelo projecto Moonlight da ESA, que prevê a utilização de satélites para transmitir sinais para missões lunares.

Feedback de toque para melhor precisão

Um dos destaques características Uma característica deste sistema é a inclusão de feedback, permitindo aos operadores sentir a textura e o arrasto do regolito lunar. Joe Louca, pesquisador da Universidade de Bristol, explicou que esse recurso poderia ajudar os astronautas a compreender as condições na Lua, onde a gravidade é apenas um sexto da Terra. O feedback tátil é atualmente usado para tarefas simples, mas há potencial para aplicações mais avançadas.

Aplicações e desafios futuros

Embora essas técnicas de teleoperação tenham sido desenvolvidas para missões lunares, elas também poderiam ser adaptadas para futuras missões a Marte ou para exploração de asteróides. A equipe de Louca obteve resultados promissores, com 100% de eficiência de coleta e 92,5% de confiabilidade do sistema. Apesar de alguns desafios no vazamento do material, melhorias estão sendo feitas para melhorar a precisão.

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