A escolha de Dorival ainda deixa mais perguntas do que respostas

Ao final dos Dados FIFA de outubro, nenhum dos jogadores que iniciaram o ciclo Dorival em março aparece na crescente




Foto: Rafael Ribeiro/CBF – Legenda: Jogadores brasileiros comemoram um dos gols contra a fraca seleção do Peru, em Brasília / Jogada10

Reconstruído na mesa, mas ainda não emocionalmente. A Seleção encerrou assim a data Fifa de outubro após vitórias sobre Chile e Peru. Um número significativo de jogadores da equipe atual nunca havia experimentado tanta pressão contra a Canarinho até que o alívio veio com o quarto lugar nas eliminatórias. Aliás, Luiz Henrique e Savinho são os grandes vencedores deste período.

Quando você segue na locomotiva Após o início da série de Dorival Jr comandando a Amarelinha nos amistosos contra Inglaterra e Espanha na Europa, em março pude perceber como o técnico montou a Seleção com base nos seus melhores jogadores. E não poderia ser de outra forma. Nomes como Rodrygo e Vini Jr, além de meio-campistas que já atuaram com sucesso fora do Brasil, e o experiente Danilo, lateral-direito que sabe jogar como zagueiro.

Curiosamente, porém, no final da Data FIFA de outubro, após dois triunfos cruciais (e até obrigatórios), nenhum destes jogadores parece estar a crescer.

A seleção brasileira normalmente não tem posição de bondage. Afinal, os maiores nomes não são referências a um jogo completo. E por maior que seja o número de desfalques, Dorival deverá atuar com firmeza. Na verdade, tais ações começariam com uma mudança na política de construção da equipe, tendo como prioridade os resultados na Canarinho. E não necessariamente para clubes.

Portanto, não se trata de quem pode fazer mais jogos pela seleção. Mas quem na prática consegue obter melhores resultados. Mesmo que a maioria desses jogadores esteja em uma prateleira alternativa. Savinho, Luiz Henrique, Gerson, Igor Jesus… e é por isso que os últimos dados da FIFA deixam mais perguntas do que respostas.

É claro que em meio a uma longa competição em um time bem construído, Vini Jr é titular absoluto. E isso não está em debate. Afinal, ele está jogando em grande nível no Real Madrid. O exemplo pode (mas não necessariamente) envolver outras pessoas jogando futebol estrangeiro.

A ideia por trás da criação do Canarinho é quem é o melhor. Mas pelo que vimos, por que o encontro não poderia ser realizado primeiro com aqueles que foram mais eficazes na Eliminação?

Como convocar os principais jogadores do exterior e dizer a alguns deles: “Escuta, eu e você vamos começar no banco”? Ah, agora vira um trabalho de gerenciamento de elenco. Com a sequência certa durante a construção, esses atletas naturalmente se tornarão titulares.

Por outro lado, a seleção brasileira não permite a valorização de sequências que não existem nos clubes. E se Rodrygo, Endrick e Vini Jr destroem adversários na Liga dos Campeões ou contra arquirrivais, como lembrar, por exemplo, de Luiz Henrique ou Igor Jesus em partidas contra as potências Chile e Peru? Como ignorar a atuação do trio mágico ou de outros brasileiros “de fora” contra os melhores times do mundo?

Portanto, no futebol brasileiro há fatores que importam mais do que resultados. Tal como o que acontece na Europa, fora das Datas Fifa, torna-se maior do que o que aconteceu na selecção nacional.

Compreensivelmente, à medida que os jogos no Brasil se aproximam, é importante levar em conta o que os jogadores fazem durante as maiores partidas de futebol do mundo. E certamente não incluem as seleções do Chile e do Peru. Portanto, a avaliação do porte e da qualidade é baseada no que os atletas conquistam em partidas importantes.

Olhamos para fora para medir resultados e colocar um jogador na seleção. Aparentemente parece óbvio. Mas quando você considera um time mais maduro como a Argentina, por exemplo, você não vê que Scaloni necessariamente avalia o que está acontecendo em cada clube para compilar sua lista de convocados.

Há talento no Brasil. Sempre existirá. Porém, não existe uma estrutura para transformar talentos na Seleção Nacional.

Contra adversários que estarão apertados no restante das eliminatórias, a seleção brasileira terá que movimentar a bola e os jogadores com rapidez até abrir espaços na defesa.

Ou Dorival seguirá o exemplo, ainda que pequeno, das vitórias recentes e colocará o Brasil na data da Fifa em novembro, ou manterá os olhos postos além da Seleção, no retorno das ausências e em seus títulos “intransferíveis”.

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