X Elon Musk busca retorno ao Brasil, desiste por disputa de “censura”.

De acordo com documento acessado pela Reuters, X de Elon Musk disse ao Supremo Tribunal Federal que cumpriu ordens para parar de espalhar desinformação e pediu ao juiz que suspendesse a proibição de uso da plataforma.

Há mais de cinco meses, o bilionário se opôs ao que chamou de “censura” em uma disputa com um juiz de um dos maiores e mais cobiçados mercados. No final de agosto, o tribunal fechou o acesso dos brasileiros à plataforma.

A decisão judicial sobre o retorno de X ainda está pendente, mas pessoas próximas a Musk no Brasil acreditam que os serviços poderão ser restaurados dentro de alguns dias.

Na noite de quinta-feira, X disse que o acesso às instalações do Brasil “é essencial para uma democracia próspera” e que respeita a soberania dos países onde opera.

“Continuaremos a defender a liberdade de expressão e o devido processo através de processos legais”, acrescentou a equipa de assuntos globais da empresa numa publicação na plataforma.

O juiz Alexandre de Moraes, que liderou uma cruzada local contra supostos ataques à democracia e ao uso político da desinformação, proibiu a plataforma anteriormente chamada Twitter depois que Musk fechou os escritórios de X no Brasil.

A batalha legal acabou afetando outra empresa proeminente controlada por Musk, o provedor de internet via satélite Starlink, que congelou as contas de Moraes em uma ação de Musk, que o chamou de “ditador”.

A disputa no Brasil foi apenas um de uma série de confrontos recentes entre Musk, que se considera um defensor da liberdade de expressão, e governos como a Austrália e o Reino Unido, ansiosos por impedir a propagação de desinformação online.

O Brasil foi o sexto maior mercado de X do mundo, com aproximadamente 21,5 milhões de usuários.

“Musk tinha medo de perder participação de mercado, também percebeu que era uma batalha inútil e que os brasileiros não atacaram o juiz Alexandre de Moraes como ele esperava”, disse Thiago de Aragão, pesquisador sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais. em Washington.

Em uma última tentativa de contornar a proibição, Moraes X utilizou serviços de nuvem oferecidos por terceiros, permitindo que os brasileiros acessassem sua plataforma apesar da proibição, no entanto, essa tentativa durou pouco, especialmente depois que Moraes ameaçou impor pesadas penalidades financeiras ao empresa.

No final da semana passada, X tomou uma atitude mais conciliatória ao nomear um representante legal local, em linha com as exigências de Moraes.

Num documento enviado ao Supremo Tribunal do Brasil, a empresa controlada por Musk afirmou ter bloqueado nove contas sob investigação no âmbito de uma investigação sobre discurso de ódio e desinformação.

“A retirada dele é muito positiva. Quer concordemos com isso ou não, a lei deve ser respeitada, não desafiada”, disse Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, à Reuters.

O bilionário adotará uma abordagem muito diferente quando X retornar ao Brasil, segundo duas pessoas familiarizadas com o pensamento de Musk, acrescentando que ele ainda pode ser combativo, mas provavelmente tentará obedecer à lei. “Ele lutará nos tribunais de agora em diante”, disse uma pessoa.

X não respondeu a um pedido de comentário.

©ThomsonReuters 2024

(Esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é gerada automaticamente a partir de um feed distribuído.)

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