Os físicos do MIT teorizaram que as flutuações na órbita de Marte podem ser causadas por buracos negros primordiais, que podem constituir matéria escura. Segundo a pesquisa, esses minúsculos buracos negros foram criados após o Big Bang e poderiam passar pelo nosso sistema solar, afetando a órbita de planetas como Marte. David Kaiser, professor de física no MIT, sugere que a tecnologia que temos hoje poderia detectar esta ligeira mudança na órbita de Marte, o que seria um avanço significativo na compreensão da matéria escura.
O papel dos buracos negros primordiais
Esse teste publicados na revista Physical Review D sugerem que a matéria escura pode consistir nestes buracos negros primordiais, que são diferentes daqueles formados a partir de estrelas em colapso. Esses buracos negros microscópicos podem exercer força gravitacional suficiente para influenciar as órbitas dos planetas.
A equipa do MIT, incluindo David Kaiser e Sarah Geller, utilizou simulações para prever que estes buracos negros passam pelo sistema solar aproximadamente a cada década. Os seus cálculos mostram que mesmo um buraco negro do tamanho de um asteroide pode afetar a órbita de Marte.
Detecção de vibração
Marte é um candidato ideal para este estudo devido aos seus dados de telemetria precisos. Atualmente, os instrumentos rastreiam sua posição com precisão de cerca de 10 centímetros. A passagem de um buraco negro primordial faria com que Marte se desviasse ligeiramente da sua órbita regular. Sarah Geller, pesquisadora de pós-doutorado na Universidade da Califórnia, Santa Cruz, ele disse Phys.org diz que embora a Terra e a Lua também possam ser afetadas por essas anomalias, os dados de Marte são mais claros, tornando mais fácil a detecção de anomalias potenciais.
O que isso poderia significar para a pesquisa da matéria escura?
Se tais vibrações forem detectadas, isso poderá confirmar a presença de buracos negros primordiais e fornecer novos insights sobre a matéria escura. A investigação destaca a necessidade de observações precisas e colaboração com especialistas em dinâmica do sistema solar para investigar mais aprofundadamente este fenómeno.