Violência e traição: ex-namorada presta queixa contra Caio Paulista




Caio Paulista atuando no Palmeiras

Foto: César Greco/Palmeiras

O jogador de futebol Caio Paulista foi condenado por Ana Clara Monteiro, de 21 anos, sua ex-companheira. Ela afirma que viveu um relacionamento abusivo com o jogador do Palmeiras e foi submetida a abusos físicos e psicológicos durante aproximadamente dois anos, além de descobrir a infidelidade. Na reportagem divulgada no site, foi revelado o teor do boletim de ocorrência registrado por Ana Clara Uol. Caio Paulista nega acusações de violência doméstica.

Na terça-feira, 17 de dezembro, Ana Clara publicou um vídeo nas redes sociais em que expôs todas as agressões que sofreu durante o relacionamento com Caio.

Ana Clara informou às autoridades que os primeiros sinais de violência surgiram em 2022, pouco depois de começarem a namorar. Caio jogava pelo Fluminense e frequentava a boate onde trabalhava como caixa, onde se conheceram. Em abril deste ano, eles foram morar juntos no apartamento dele.

Em depoimento que durou mais de uma hora, Ana Clara disse que Caio passou a dar a impressão de ser um homem ciumento que a proibiu de postar fotos na internet ou mesmo de trabalhar.



Clara Monteiro acusa Caio Paulista, jogador do Palmeiras, de agressão

Clara Monteiro acusa Caio Paulista de agressão, jogador do Palmeiras

Foto Ioga10

As primeiras agressões ocorreram no dia 30 de setembro, após ela anunciar que iria sair de casa após descobrir sua suposta traição.

Segundo o relato, a jovem disse que acordou por volta das 4h e percebeu que o namorado ainda não havia voltado para casa. Ela foi às redes sociais e se deparou com uma postagem de uma mulher de Caio. Acreditando ser uma traição, ela arrumou suas coisas e saiu do apartamento dele. Às 5 da manhã ele chegou em casa bêbado e discutiu.



Clara Monteiro acusa Caio Paulista, do Palmeiras, de agressão.

Clara Monteiro acusa Caio Paulista, do Palmeiras, de agressão.

Foto: @mont_clara via Instagram/Estadão

Ela disse que queria terminar o relacionamento e que não estava mais feliz. Nesse momento, Caio a atacou com um chute no joelho, que a derrubou no chão. Ele começou a atacá-la com chutes nas costelas, coxas e pés.

Após a violência, o jogador sentou na cama e chorou, pedindo perdão à ex-namorada. Ela se trancou no banheiro por medo e, ao sair, ele pediu que ela esperasse até ele voltar do treino para que pudessem conversar. Ele a deixou trancada em casa por várias horas. Quando ele voltou, conseguiu convencê-la a ficar. Ana Clara afirma que foi manipulada emocionalmente porque Caio disse que nunca mais a agrediria e culpou a influência do álcool.



Ex de Caio Paulista, Clara Monteiro, revela hematomas pelo corpo -

Ex de Caio Paulista, Clara Monteiro, revela hematomas pelo corpo –

Foto: Reprodução/Instagram/Jogada10

Traições

Em seu depoimento, Ana Clara afirma que Caio Paulista procurou ajuda psicológica para lidar com seu “vício em fraudes”. Encontrou-se com uma psicóloga do Fluminense. A jovem relatou que o jogador mantinha casos com diversas mulheres, sendo que uma delas era casada. O marido ainda procurou Ana Clara para contar sobre a traição.

Os relacionamentos foram causa de diversas brigas que continuaram mesmo depois que o casal se mudou para São Paulo em 2023. A tatuadora estava grávida da filha do casal, Maria Clara.

Mais agressão

No dia 22 de outubro de 2023, Ana Clara relatou que sofreu novos ataques de Caio. O jogador partiu para Itaquera, zona leste de São Paulo, no dia 21 de dezembro. Por volta das 20h, a irmã do jogador, Débora, perguntou a Clara “se ela sabia do noivo”. Aconteceu quando um amigo de infância de Caio postou no Instagram uma foto dele com diversas mulheres. Minha cunhada foi até o local explicar o assunto.

Clara foi sozinha à boate para “fazer faxina” e deixou a filha aos cuidados de uma babá. Caio então se passou por Débora em mensagens de texto para saber onde Clara estava. Ele pediu que ela saísse do local, afirmando que se ele entrasse “seria pior”.

Ela saiu da boate por volta das 2h40 do dia 22 de outubro e ele a arrastou pelos cabelos até o carro. Débora e Caio estavam no veículo. Clara segurou-se na porta para não entrar e foi atingida no rosto. Ela conta que desmaiou, mas não procurou atendimento médico nem registrou boletim de ocorrência, apenas tirou uma foto do rosto ferido. O relacionamento continuou após o episódio.

Separação

Com o tempo, as relações deterioraram-se e tornaram-se mais violentas. O último ataque ocorreu em 17 de fevereiro deste ano. Clara relatou à polícia que estava com Caio Paulista em uma boate no Tatuapé, em São Paulo, quando uma mulher entrou na cabine e tomou uma bebida. A situação gerou uma discussão, em que o atleta bateu na boca de Klara.

Após o caso, ele se mudou para o apartamento da mãe, que ficava no mesmo prédio, mas o relacionamento continuou. Em maio, quando a filha do casal completou 10 meses, Klara acabou com tudo.

Desde então, o ex-casal iniciou uma disputa pelo pagamento da pensão alimentícia.

A defesa de Clara confirmou o depoimento do cliente e afirmou que o julgamento estava sendo conduzido sob sigilo judicial e, portanto, não seriam divulgadas mais informações além das já prestadas.

A defesa de Caio Paulista afirma que recebe voluntariamente denúncias que contradizem a versão dos ataques e comprovam a inocência de Caio.

Em nota, a Sociedade Esportiva Palmeiras explicou que assim que tomou conhecimento da carta aberta publicada na rede social pela mãe de um dos filhos do atleta Caio Paulista, o jogador foi convocado pela diretoria para uma reunião que aconteceu no dia Noite de sábado, 14.

“Quando questionado sobre a reportagem e fotos publicadas, Caio Paulista negou qualquer agressão e disse que não havia nenhum processo criminal ou investigação pendente contra ele. É sabido que o Palmeiras não tolera qualquer forma de violência e respeita a mulher, que é um dos seus valores fundamentais. Todos os funcionários do clube devem cumprir regras de conduta estabelecidas internamente, que prevêem diversas medidas punitivas, dependendo da gravidade do caso. incidente e as provas criminais. O Palmeiras continuará acompanhando o assunto com a devida atenção”, afirmou o clube.

Em caso de violência contra a mulher, deve ser denunciada

A violência contra a mulher é crime punível com pena de prisão nos termos da lei. Se você presenciar algum episódio de agressão contra mulher, denuncie. Isso pode ser feito por telefone (discando 190 ou 180). Você também pode procurar uma delegacia, regular ou especializada.

Mais informações sobre como denunciar um assunto podem ser encontradas aqui.



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