O primeiro-ministro do Japão promete que não haverá mais eventos de caridade após o escândalo de suborno

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida (centro), chega à sala do comitê V, onde o comitê de ética política do parlamento se reunirá em conexão com o escândalo financeiro que abala o Partido Liberal Democrata, no poder, em 29 de fevereiro de 2024, em Tóquio. AFP

TÓQUIO (Reuters) – O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, prometeu nesta quinta-feira pôr fim à arrecadação de fundos para partidos políticos ao comparecer perante um comitê de ética parlamentar televisionado que investiga um grande escândalo de corrupção.

No centro da saga estão alegados pagamentos a membros do Partido Liberal Democrata, no poder, para excederem as quotas de venda de bilhetes para eventos de angariação de fundos.

Dois legisladores do LDP foram acusados ​​de violar as leis de financiamento político e três das suas maiores facções foram dissolvidas.

“É minha intenção não manter estes partidos quando for primeiro-ministro”, disse Kishida ao comité.

Kishida foi o primeiro primeiro-ministro em exercício a participar de tal audiência, que visa investigar supostos abusos cometidos por legisladores e que teria sido realizada pela última vez em 2009.

O Primeiro-Ministro anunciou também uma revisão da Lei sobre o financiamento de actividades políticas “de tal forma que não só os responsáveis ​​pela contabilidade, mas também os próprios políticos serão responsabilizados”.

Há muito que as facções desempenham um papel fundamental no funcionamento interno do PLD – que governa o Japão quase continuamente desde 1945 – e os primeiros-ministros distribuíram cargos de topo tendo em mente as políticas do grupo.

Os índices de aprovação do governo estão no seu pior nível desde que o LDP regressou ao poder em 2012, pressionados pela raiva dos eleitores relativamente à inflação e por uma série de escândalos passados.

Kishida, no cargo desde outubro de 2021, deverá enfrentar uma feroz batalha eleitoral interna pela liderança do LDP no final de 2024, antes das eleições nacionais marcadas para 2025.


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